terça-feira, 8 de maio de 2012

Nascer da Esperança [Campanha Greyhawk. Tenh 591. 2012ad]




On this day, we fight for our freedom!

On this day, we fight for our loved ones!

On this day, we fight for our people!

Into the fray once more, we live and die on this day.

Oitavo dia do mês de Leão, primavera, ou melhor degelo.

Lama para todos os lados. A perda de Celty e seu grupo de milicia, pesou como bigornas e marteladas severas para a moral das tropas nas trincheiras ainda geladas das muralhas devastadas de Redspan. Os cavaleiros seguiam em patrulha para dar apoio a batedores que vigiavam todo o perímetro. Algo teria que ser feito o inverno fora rigoroso e os suprimentos terminavam, os "recuperadores" não achavam cada vez mais nada que fosse, sem colheitas e a lama ainda grassando os arredores ficava tudo mais difícil. Sobreviver ao inverno e morrer na primavera era a ironia que magoava toda a tropa. Sahar filha de Celty, com luto e rancor revoltava-se e apanhou velhas armas esquecidas por parentes mortos da fuga da grande guerra. Furiosa seguia  para o campo da milicia, o cheiro pútrido abafado pelo inverno voltava com toda força e com o agravante do fedor dos mortos e monstros apodrecendo. O anão Tor remoía suas derrotas e a dor de não ter conseguido achar uma solução para Celty. Trabalho havia mas nenhuma recompensa ou paga justa se vislumbrava. A nevoa da dúbia condensação a todos irritavam, o "grande espirito da lama" era muito indolente e soltava "seus vapores" indiferente aos mortais...
Uma força orc fora vista se aproximando das linhas, as cornetas de defesa soaram, a rotina voltava a toda força. Todos já a muito veteranos dos embates e carnificinas. Olhares cinzas e gélidos vislumbravam o horizonte. Tão logo quanto possível o embate teve inicio. Orc chegavam de todas as partes. Em marcha forçada e vacilante, percebia-se que eram mais escravos que soldados, mas muito mais selvagens e violentos que se poderia supor. Preces ao deus sanguinolento Nerull foram ouvidas. Muitos estremeceram em cogitar companhia de tais aliados, mas as posições e postos deveriam estar prontos para o embate. Madeira e "cavalos" tinham sido postos em vários pontos. Novos, muitas vezes rasos, buracos, tinha sido feitos, a ecasses de vime prejudicava em muito as defesas, tentaram repor isso com destroços. O que tornava o ambiente mais desolador e devastado, estandartes foram erguidos. 
Os selvagens orcs avançavam, parecia aos entrincheirados que eles imitavam galopes, muitos começaram a se curvar e erguer-se novamente e a urros terríveis, as pedras e destroços caiam e machucava os azarados. O Anão Tor, já mais experto esperou pacientemente, o seu grupo de companheiros de milicia estava eufórico, novatos cogitou, aquela elfa lembrava muito sua amiga e companheira de batalha Celty, um ultimo olhar de um veterano já dessensibilizado a algum tempo antes de baixar o escudo e prepara-se para uma coisa que aprendeu juntamente com Celty, atacar, ao invés de somente esperar na trincheira. Mas esse ato temerário e imprudente não lhe passou pela cabeça. Os oficiais estavam preocupados demais com a linha principal para se ocupar de anões e 'novatos' ocasionais...
O xerife tor coordenou seu pequeno grupo, os orc avançaram rápido demais, o intento do anão teve de se contentar com combate próximo as trincheiras. Deram embate aos orcs, esses sofreram a dupla fúria reprimida dos milicianos sedentos de vingança. Machado chocava-se contra machado, enquanto a elfa como de costume de seu clã mandava projeteis em direção aos orcs. Aquele esquadrão fora detido. Adiantando-se aos orcs, o grupo de milicia avançou para o campo lamacento mais a vanguarda, vendo o pelotão orc se aproximar e a mirar suas pedras e destroços neles. A ira dos milicianos aflorou no embate, 60% daquele pelotão orc simplesmente fora triturado. Nas linhas mais ao sul os Orcs estavam quase rompendo as linhas, o número de mortos e feridos aumentava o impasse. Um tenente orc se deu ao luxo de tomar satisfações da derrota do pelotão ao norte, seu pelotão orc o acompanhava e aos urros marchavam. Os cavaleiros não chegariam a tempo de impedir o rompimento da linha, toda a trincheira seria perdia e serviria de base para os orc e necromantes de Iuz...
Tor de Thornhelm, e Sahar filha de Celty do clã Tate, avançaram. Não se sabe o que eles estavam pensando, aquelas partes da linha viam aquela insólita visão de uma frágil elfa e um nanico anão de tomar satisfação com o enfurecido tenente orc. As bravatas do Orc vinham em insultos chulos e risadas demoníacas em quase língua comum. Os acertos das setas em seu rosto e perna o deixaram atônito, ainda proferindo suas elucidações demoníacas, o anão golpeava-lhe fortemente o tronco e pernas. O orc tentou se esgueirar dos golpes para novamente ser alvejado, uma machadada em sua clavícula o deixou preocupado. Se movimentar o braços começou a gargalhar e golpear cruelmente, o anão ferido golpeava alucinado, a malha do orc soava como bigorna molhada. O sangue refletia a virada na batalha. O orc começava a inclinar e era golpeado mais e mais. Seu pelotão corria para longe, refletindo juntamente com o outro pelotão derrotado um rompimento geral e debandada na frente orc. 



Os orcs foram derrotados. A retirada geral, significava o fim daquele cerco. Muita coisa ainda havia de ser feita, mortos e ferido esperavam solução. O estandarte de Tenh fora erguido, a cidade estava livre, por enquanto. Dias se passaram. A atividade de construção de paliçada e defesas fora retomadas. A limpeza do terreno, a colocação de bases firmes, tudo levou tempo e esforço, Mestre Tor e Sahar do Clã Tate não descansaram nenhum dia desde então, uma fortaleza de mateira se erguia, barbacãs e suas torres defensivas se erguiam onde antes era uma frágil trincheira. A torre de Menagem se erguia, vigilantes se alegraram com aquela nova possibilidade de ver a movimentação inimiga, desde que o clima ajuda-se. 
Ainda nesse 2 dia de Raposa, o sexto mês do Baixo verão, muita coisa ainda devia ser feita, fazendas deviam ser recuperadas e suprimentos deveriam encher o futuro celeiro, ainda havia um país inteiro a ser liberado!




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