quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Campanha: Forgotten Realms, Battlecry of Baldur's Gate. Lamentos no Inverno.


Anotações no inverno! Inverno Profundo, 1477 cv.

A neve cai suave, como uma chuva bem lenta levada pelo vento! Aqueço-me no gibão, coloco alguns parcos galhos secos sobre as pequenas chamas que teimam vingar frente ao frio, cultivada gentilmente pelo volver das brasas protegidas. A neve cai como as sementes voadoras do fim da primavera e suas flores flutuando na imensidão! Alguns dias já perfazem que vago por esses bosques gélidos e esquecidos. Meus dedos doem, cada osso, meus dedos da mão direita parecem ter vida própria. Tento puxar os dedos que doem dessa mão numa tentativa, que nunca acaba, de terminar com essa dor. Meus ferimentos de batalhas duras de dias tenebrosos clamam sua perpetua lembrança e aviso sobre o permanente perigo que nos rodeia e dos erros que cometi. Tento me aquecer com os grossos mantos que trouxe, mas o frio encontra brechas por mais que me esforce. Vou atrás de galhos secos nessa imensidão gelada que deixa tudo impregnado de uma umidade que não entendo. Minha busca persiste mais um dia, um outro e outro. Não há rastros, apenas frio e frustração. Lembro-me das informações que obtive, nossos amigos não podem ter se desviado. 'Pedra da morte', isso não faz sentido. Embora Ulgoth Beard não esteja longe, espero que tenha resistido. Faz alguns dias que escrevi algo dessa missão, encontrei fugitivos, dizem estes que encontrei que a vila foi sim invadida e saqueada pela horda de monstros, terror em seus olhos demonstram o medo de que a praga tenha sido trazida por esses monstros, além da própria dor e destruição que eles já trazem. Será o fim de Baldur's Gate se um único monstro estiver com a praga! Minha missão se agrava, achar pista dos cavaleiros, matar monstros e chamar o maior número de reforços. Ajudo no que posso os refugiados, peço a todos que encontro que avisem aos cavaleiros, aos punhos todos que puderem, Índico-lhes o caminho para Baldur, espero que ao menos um chegue lá vivo. Conservo uma manta para o frio com muita vergonha, mas agora é vida e morte. Muito frio, peço que Ilmater me auxilie em tamanha dor, sinto frio, frio. Blasfemo revoltado a Amaunator e Tymora... Agora estou próximo, frio, muito frio.

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