sexta-feira, 21 de setembro de 2012

A que preço? [Campanha Local]




Desfraldando a bandeira, em riste, firme e dançando ao vento. Chicoteando o ar e a brisa. Depositaram um ramalhete de flores. O silêncio era cortado pela brisa pungente, e o barulho da bandeira a chicotear. Algumas flores despendiam-se e suas pétalas voavam ao longe. Passos militares para trás. As lanças e alabardas batiam ocasionalmente na armadura e roçava o couro de cintos e botas. Alguém ignorava o grupo e a passos lentos, e aconchegara-se ao local. 

Um pequeno cachorro felpudo se aproximará saltitando. Latira quase surdamente umas duas vezes e passou a fuçar em volta. A brisa sussurrava novamente. A tropa se afastará, a pessoa sussurrava algo, talvez orações seguidas, não dava para ouvir ou decifrar. O cachorro farejava ao ar, sabia que tinha algo estranho, mordera levemente a mão da pessoa, que chorava e acariciava levemente o cão, lembrando-se obviamente de algo. 

Esgueirei para próximo, um pouco mais. O garrote em mãos, por trás, um chute no cachorro. Segura firme, enquanto lagrimas e sangue escorre pelas luvas, puxa com mais força e quebra, ou corta a garganta. E de repente o debater parece acalmar-se. Sento devagar, pondo-a no colo, passo a luva em sua testa afastando o cabelo, sua urina escorre... 

Desfaço-me do garrote e fujo, mas levo o pequeno cãozinho... Parece-me que necessita de cuidados. Não queria machuca-lo. Ele se encolhe e treme. Todos os Traidores devem ser mortos. Tratarei da guarnição a noite. O lago seria liberto. A que custo? Quantas mortes mais serão necessárias. A horda negra de Iuz devia ser detida, mas aquelas pessoas? Porque elas cooperavam com o mal? Porque elas trabalhavam para ele? Tudo estava errado... 

Subi o aclive da estrada entre as montanhas, estava vulnerável as patrulhas. O sangue ainda estava em minhas mãos. Encontro um patrulheiro a frente. Inimigo pois. Ponho o cãozinho no chão enquanto saco as adagas e arremesso-as no inimigo. Ele ainda avança. A espada curta me é útil, salto contra ele. Ele golpeia o ar. Acerto-lhe a nuca. Cai feito um saco de cebolas ao chão. Pego o cãozinho. Sinto a brisa nas montanhas. Escondo-me. Dois patrulheiros vem seu companheiro ensangue. Nas sombras me esvai-o para longe. Desço a trilha para longe...

Nenhum comentário:

Postar um comentário