quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O Caixão Negro de Iuz! [Campanha Local]





Um tumulto, um barulho intenso, mesmo frente a chuva que castigava os telhados que rangiam como se estivessem sofrendo as duras pancadas. 

- Quem está ai? – Bradou o assustado o miliciano que erguia quase acenando com sua lança encharcada pela chuva. 

Nada o respondeu, quase solenemente retrucou novamente: 

- Quem está ai? Apresente-se? – Derrubou algumas caixas e quase tombou um tonel. Outros milicianos se aproximavam irritados e assustados. Nem viram nada, mas ouviram um grande estrondo como todos. As guardas já estavam a postos, os cavalos ainda estavam sendo acalmados. Mas o que seria tal coisa? 

Mandaram prontamente as patrulhas verificarem. Os oficiais veteranos voltavam para suas camas improvisadas, muitos furiosos e blasfemando ao ar. Meia hora do avorouço tinha se passado. Não notaram, ou estavam muito medo para isso, a caixa, a enorme caixa negra que caíra aproximadamente uns vinte metros do acampamento. Uma pequena cratera a guarnecia, e abaixo um liquido grosso estava avolumando com a chuva. 

Na manhã seguinte as patrulhas deram o alerta bem cedo, assim que o sol os dispôs de mais luz e o tempo chuvoso se esvaíra. A névoa ainda não favorecia que o acampamento se erguesse. Alguns oficiais veteranos chegaram ao local e mandaram trazer os cavalos e as cordas. Amarram e retiraram lentamente o enorme caixão da cratera enlameada ao lamento dos cavalos. 

O caixão tinha três metros de altura e um de comprimento, como era mais alto que extenso, ficaram curiosos como aquela coisa não havia tombado, a gosma grossa e vermelha fora logo percebida. Chamaram aos gritos o tolo do mago e do clérigo. Aquilo só podia ser coisa de um daqueles campos. Os que tinham descido na cratera para amarrar o caixão perceberam que suas roupas estavam endurecendo, mesmo couro mais grosso e luvas. O curioso fato fora percebido, e logo foram se livrar do equipamento que continuava a enrijecer. Ninguém quis mais tocar naquilo. Sangue das ‘Aves-de-pedra’? Questionaram alguns. 

O mago e o clérigo prontamente se puseram a investigar o artefato. O Clérigo horrorizado dava seu parecer ao ver ritos completos na língua das trevas, e sem dúvidas era marca de Iuz. Mas não entendia o propósito e isso o assustava ainda mais. Ia já começar a executar o rito de santuário e proteção. Foi detido com quase um soco do mago, que ainda lia algumas linhas arcanas, o clérigo iria ficar furioso e se conteve, pois entendeu e gritou: 

- Corram todos! Fujam! Dê o alerta de retirada! 

Os oficiais hesitaram, mais entenderam a dupla seriedade da questão. Não havia tempo para explicações. Não havia. ..

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